Em Portugal as bolotas são produzidas pelas diferentes espécies de Quercus, incluindo o sobreiro, a azinheira e várias espécies de carvalhos, como o carvalho-alvarinho, negral e português. Atualmente, as quercíneas ocupam cerca de 36% da área florestal de Portugal Continental representando aproximadamente 1 200 mil hectares. A produção média anual de bolota é estimada em 400 mil toneladas, segundo dados do ICNF (2019).

A distribuição das quercíneas no território nacional não é homogénea. No Norte, predominam as florestas de carvalhos, enquanto no Centro existe uma área equilibrada, com destaque para os sobreiros. Já no Sul, a presença de sobreiros e azinheiras é mais expressiva, especialmente nos Montados, paisagens típicas do Alentejo, que representam a maior área de quercíneas do país. Por outro lado, o Algarve, tem a área de quercíneas mais reduzida do país, assumindo o sobreiro a maior relevância.
Uma parte considerável da produção de bolota, cerca de 55% permanece no solo, contribuindo para a regeneração natural dos montados. Aproximadamente 21% é utilizada na alimentação e engorda da raça suína alentejana, enquanto 20% serve como alimento para a fauna selvagem, como javalis, veados e corços. Apenas uma pequena percentagem, cerca de 3%, é destinada à alimentação de outras espécies pecuárias e 1% é transformada em farinha.
No mercado português, os produtos alimentares à base de bolota apresentam preços de venda ao público que variam entre 0,39€/kg e 0,40€/kg, dependendo do nível de processamento, dos métodos escolhidos e dos materiais utilizados.
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